
De fato, não é fácil diante de tantas demandas, de tantas sugestões ininterruptas do cotidiano, enxergar coisas que motivem e estimulem bons pensamentos, boas avaliações, boas posturas pessoais. Deve-se reconhecer que a pressão dos paradigmas acabam por fazer prevalecer o medo por causa do que é velho ao mesmo tempo em que estimula o medo por causa do que chega com uma proposta do novo ou diferente.
O pensamento do senso comum avisa que fica é mais fácil para o sujeito não disputar com tais paradigmas. E o resultado disso é o travamento da pessoa, a paralisação diante da vida; por causa do medo restando, apenas, as observações que reforçam esse sentimento misto de insatisfação com o receio, organizadas em discursos bem justificados de reclamações.
Realmente, sob esse ponto de vista, qualquer explanação é bem fundamentada. Mesmo porque, tantas são as coisas que precisam ser transformadas que identificá-las não é uma tarefa muito difícil. De uma forma mais direta, para ficar triste, chorar e reclamar, é algo fácil de ser feito por causa da pressão “atmosférica”.
Para quem não se dispõe a desafiar tais paradigmas, buscar uma mudança seria o mesmo que aceitar um desafio que pode ser algo simples, do ponto de vista estratégico. Ora, se é o sujeito que se encontra paralisado pelo medo, as torturas desse estado, de forma natural, o impulsionam a buscar uma solução, a encontrar um meio de tornar-se liberto.
Portanto, não existe nada nem ninguém que possa transformar essa realidade que não o próprio sujeito. E, de forma inteligente, o começo seria treinar o olhar. Sim, treinar a forma de enxergar as coisas tendo mesmo um olhar seletivo. Quer dizer, escolher o que dar atenção e passar a valorizar coisas que, aparentemente, não são importantes para a sobrevivência. Seria isso possível? É sempre bom lembrar que a gratidão e a alegria dependem da direção do seu olhar.
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