
A luta diante dos dilemas da vida, muitas vezes, se resume na dúvida entre atender aos apelos da razão ou da emoção. Como não é possível dizer qual dos dois é o válido para as decisões, a solução fácil aparece na forma de fantasias. Isso significa imaginar uma situação como sendo real, mas que, na verdade, é tão somente a expressão do desejo imaginado, idealizado pelos impulsos mais íntimos.
Sobre essa intimidade individual, é possível perceber que borbulham simpatias tendenciosas que, antes, dormitavam submersas. Então surgem as recorrências prazerosas equivocadas, disfarçadas de novidades. Mas a falta de encaixe acusa que não mais são válidas para o novo estágio espiritual.
O fato de estarem contidas no íntimo, não significa que devem prevalecer. Somente a aceitação e o alimento diário é que dão força e robustez à tendência causadora do dilema. Isso não quer dizer que é necessário negar esse lado de seu íntimo, pelo contrário. Deve-se aceitá-lo, reconhecê-lo com humildade sem, contudo, alimentá-lo.
Como sempre existe uma compensação de luz para cada sombra da personalidade humana, o alimento deve ser direcionado para o que liberta a alma do peso. Se existe a opção de trabalhar no sentido oposto de velhos hábitos com o fortalecimento de novos hábitos, é porque a solução está próxima.
Como estou falando da maioria e não de todos os dilemas, há momentos em que é necessário uma intervenção externa para que tudo fique mais claro e calmo. Daí a necessidade de compartilhar suas dores, dúvidas e rancores. Isso mesmo! Sair da falsa resignação, que na verdade é desculpa para o orgulho prevalecer, e revelar-se humano, pobre e necessitado. Eis um caminho mais fácil de permitir adentrar a Luz.
Mas para isso, é necessário encher-se de coragem para sair da covardia da camuflagem. Qual é o problema alguém ter problema e buscar uma solução?
Copyright©Mhauro Garcia Filho
Mauro cada dia fico mais encantada com a sua percepção da vida.
ResponderExcluirCaro amigo Mhauro,
ResponderExcluirEsse texto com certeza foi escrito para mim, quanta riqueza de detalhes e verdades...
Abraços
Ale
Oi, Regina, oi Alê, tudo bom?
ResponderExcluirPuxa, que bom que o texto pode ser útil. Fico contente com isso.
bjs.