
Sobre a velocidade com que as coisas estão mudando no mundo dos negócios, todos já sabem de uma maneira que passou a ser algo dito com freqüência. É comum participar de uma conversa e ouvir alguém tocar no assunto. Contudo, o discurso sobre essa consciência de mudança veloz não parece acompanhar a prática dos gestores.
Tenho conversado com empresários de ramos diferentes de atividade e a maioria deles não consegue perceber quando o seu modelo de negócio está se esgotando. Entendem que está difícil ou existe alguma coisa errada, mas não conseguem perceber onde está a causa. Claro que as suas atividades cotidianas, na maioria das vezes, acabam tomando toda a sua atenção impedindo-o de aperceber-se do que se passa a sua volta. Tanto dentro da empresa como fora dela.
Na verdade, existem alguns pontos que agravam essa falta de sensibilidade. E o principal considero ser o tipo de comportamento do gestor, dono do empreendimento, já que a sua empresa, literalmente, corresponde à sua personalidade.
Talvez, o que explique o comportamento “determinado” do dono do empreendimento sejam as conquistas que realizou.. Estas, por serem experiências exclusivas, reforçam-lhe o orgulho dando-lhe reforço para justificarem sua postura. Ora, realmente, se o negócio está funcionando até o presente momento com as suas decisões e sua maneira de ser, em seu entendimento, significa que ele está certo e deve continuar assim. E esse é o pensamento que se reproduz em ações repetitivas e exauridas mantendo qualquer novidade à distância.
Acontece que essa arrogância, esse orgulho, acaba por impedi-lo de ver o obvio numa situação que necessita de sensibilidade. Inclusive, passam a acreditar que humildade é sinônimo de fraqueza. E isso acaba dificultando a busca por soluções que, muitas vezes, estão ao seu lado. Pior ainda, é o fato de não perceberem o movimento do seu colega empresário do lado ou do colega empresário distante que acaba repercutindo em seu cotidiano.
Costumo dizer que desconfiar é prudência e é bem diferente de não acreditar, pois esse último afasta as possibilidades por ser definitivo. Sendo assim, desconfiar ou duvidar já é um bom começo para entender novas propostas e significa abertura para “ouvir” com possibilidade de aceitação.
Agora a questão principal, aonde buscar soluções com boas orientações? Um bom começo é a abertura e exercício constante de experimento de novas práticas. Pode começar olhando para dentro da empresa com a disposição de aperfeiçoar seus vários métodos na busca da originalidade e excelência. Sobre orientações, existem no mercado bons profissionais para realização de bons projetos. Na verdade, já começou bem lendo e aceitando a utilidade desse texto.
Abraço
Copyright©Mhauro Garcia Filho
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