CURSO FORMAÇÃO DE PREÇO

5/19/2009

Um por todos e todos por um, sem nóia.




Não é difícil encontrar pessoas que chegam comentando sobre a dificuldade de realizar alguma coisa. Dizem que não puderam ir por ali e que tinha que ser por outro local; que fulano não deixou e nem lhe deu mais informações; e assim vai o terço das reclamações.

Considere que essa coisa se apresenta como inúmeros anseios e necessidades. Mas num ponto essa variedade de anseios tem em comum: a negação.

Mas, o que mais me impressiona, não é o fato de a coisa ser negada por si só. O que me impressiona é que essa prática se reproduz com um sentimento de prazer disfarçado de pesar. Afinal, é mais fácil negar a existência de uma necessidade do que envolver-se com o socorro ao anseio alheio. Eis o prazer de quem nega: no mínimo, o comodismo.

E não para por ai. Existem pessoas que confundem autoridade com o não permitir. Daí surge o gozo do domínio sobre o destino do outro. Aqui já passa para o lado sombrio do íntimo de quem pode decidir.

O lamentável é que esse tipo de conduta acaba por repercutir como fundamental na construção da personalidade dos indivíduos pelo fato de já ter se tornado parte da cultura. A cultura da negação.

Tanto é assim que eu vejo pessoas que, enquanto buscam a sua realização, deparam-se e padecem com essa realidade. No entanto, quando deveriam fazer de forma oposta ao que viveram, fazem é reforçar a negação negando também.

Mais ou menos assim: Roberto negou Paulo e Paulo negou Pedro e Pedro negou Roberto. Começa tudo novamente incluindo novos personagens. É um círculo vicioso maligno.

Penso que o motivo da reprodução desse procedimento seja o sentimento de rancor guardado na memória afetiva. E muitas vezes, o rancor desperta o desejo de vingança. Mesmo que seja vingado em outra pessoa. Seria esse o pensamento: ora, passei a vida toda na dificuldade, porque essa pessoa vai ter isso fácil, ela é melhor que eu?

Daí entra outro componente: a baixa autoestima. A pessoa recebe tantos nãos que acaba acreditando que existe nela algo que revela a sua desimportância. Mesmo que isso não seja verdade, ela acaba acreditando nisso.

Eis o espectro que recheia os travamentos da vida e dos negócios. Que herança cultural!!!

Mas se você está se perguntando como seria possível transformar essa realidade, acredito que o começo já está feito na medida em que reconhecemos o que está dito.

O segundo passo seria agir de forma permissiva diante da necessidade do outro. Envolver-se na solução do problema a ponto de, se for o caso de impossibilidade pessoal, indicar alguém ou algo que traga o socorro e transforme a vida de quem precisa.

Portanto, não julgue, apenas permita. Seja o elo das realizações. Daí, aquele círculo vicioso se transformaria para mais ou menos assim. Roberto admitiu Paulo, Paulo admitiu Pedro, Pedro admitiu Roberto. E começa tudo novamente incluindo novos personagens. É um círculo virtuoso benigno.

Pode parecer utopia, mas só depende de você!

Copyright©Mhauro Garcia Filho

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