Viver isolado é transformar-se num parafuso.

Suas palavras sobre a solidão e o vazio mostram o quanto temos que aprender para solucionar esses momentos. Acho que elas são a base para o que  sempre procuramos modificar. 

Por incrível que pareça, o sentido para a vida que buscamos dar a cada momento, é comum para todas as pessoas. É verdade, muitas pessoas passam por esse momento de solidão, de vazio, mesmo quando se mostram alegres e risonhas. 

No fundo o socorro para esses momentos que tanto se tenta encontrar, faz parte do aprendizado do Homem. Pois, viver esses momentos de solidão íntima é algo que pode ser usado para preces, ou então para aprendermos a reconhecer e vibrar pelo que temos de bom em nossas vidas. Talvez esse momento seja o ponto estratégico de nossas existências. Ou ainda, seja para nos mostra para onde devemos olhar: se para as coisas do cotidiano que nos estimulam sensações boas ou para coisas ruins. 

Sei que não é fácil! Afinal, tentar quebrar um paradigma secular de análises e diagnósticos negativos requer um exercício ininterrupto e, ás vezes, exaustivo. Mas não devemos esmorecer, devemos seguir em frente.

Como não consigo conceber a administração de uma organização desconectada de uma administração de vida pessoal, o desenvolvimento de técnicas e conhecimentos voltados para a aplicação profissional pode, perfeitamente, se aplicar à necessidade íntima na vida pessoal. 

Desse modo, seguindo o exemplo das organizações, uma ótima estratégia seria encontrar parceiros, pessoas que busquem o mesmo ideal de coisas boas para a caminhada ficar mais leve. Além do mais, acompanhado, a troca de experiências acaba por contribuir positivamente, não é mesmo?

Sei que o mais difícil é dar o primeiro passo para a mudança. Aquele momento que o sujeito decide procurar algo fora da sua rotina, algo diferente. E mais difícil ainda é o segundo passo: aquele que você se determina a conviver e compartilhar com pessoas novas em ambientes estranhos. Eita! Então chega o pensamento: são tantas as diferenças dos outros que é mais cômodo ficar em casa, se isolar.

O perigo esse pensamento predomina e convence a pessoa de que não precisa tanto assim conviver com "gente de todo tipo" em um grupo qualquer. Ou seja, interagir com pessoas. Contudo, o resultado desse convencimento é nunca encontrar um grupo por causa das tantas exigências impostas ao outros. Atenção, quando isso acontece, é o tal do melindre que está dominando e lhe mantendo na solidão e no vazio.

Por isso, é necessário perseverança e determinação para interagir em grupo. Afinal, somente nesse contexto é que você conseguirá descobrir meios de ressignificar a vida, as relações e você mesmo para encher o vazio e desfazer a solidão. Portanto, não fique parado, movimente-se!