CURSO FORMAÇÃO DE PREÇO

9/21/2009

A IES e o novo profissional








Em meio às mudanças que estão ocorrendo no ensino superior, existe um viés que pode ser considerado positivo do ponto de vista da acessibilidade. Basta pegar a quantidade de instituições que oferecem cursos superiores.

Isso quer dizer que, bem ou mal, esse conhecimento tornar-se acessível para um maior número de pessoas. Mesmo porque, deve-se levar em conta, ainda, que a “peneira”, ou seja, o vestibular tradicional está sendo substituído por outras formas de ingresso nessa instância de ensino.

Portanto, o acesso ao conhecimento superior se apresenta democraticamente permissivo. Vagas haverá para quem puder pagar. E isso é interessante quando se considera a existência de muitos talentos aguardando apenas uma oportunidade para se revelar.

No entanto, há uma característica na maioria desses novos alunos que é absolutamente perceptível em qualquer IES - instituição de ensino superior. Trata-se da consciência do discente quanto ao que ele representa perante suas novas responsabilidades.

Talvez o novo modelo ainda não tenha tido tempo para acomodar questões importantes como essa e, por isso, deve-se aguardar para que todas as “pontas” apareçam para serem ajustadas. Mas é fato que esse novo aluno chega com a idéia de que ainda deve ter a atenção nos moldes de um curso de ensino médio.

Por exemplo: ele acredita que as aulas somente serão aulas se forem na forma dessa época. Quer dizer, se surgir um seminário, um debate, uma palestra, poderá ser entendido como momento de lazer e dispersão.

Estrategicamente, algumas IES já entenderam essa realidade e trabalham imediatamente essa questão de trazer a nova realidade para o entendimento do aluno. Trabalham essa consciência procurando despertar o senso de responsabilidade, a autonomia.

E isso é muito interessante, tendo em vista que o governo federal mostra sinais de que não está desatendo quanto a essa questão, e frequentemente modifica suas exigências para classificar os cursos superiores e os novos profissionais.

Resumindo a história, se até recentemente era difícil de entrar numa faculdade por causa da concorrência e do pequeno número de vagas, hoje é mais fácil devido às condições inversas. Mas também, se antes a conclusão do curso superior se realizava com certa facilidade, sem ter que provar que resultava na formação de um bom profissional, hoje a saída dos cursos superiores exige o inverso.

Ou seja, antes, entrar era mais difícil e sair era fácil. Hoje, entrar é mais fácil, mas a saída será difícil.

Copyright©Mhauro Garcia Filho

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