CURSO FORMAÇÃO DE PREÇO

4/24/2010

Mudança de hábito







Com certeza esse assunto estará presente por bastante tempo nas organizações. Inclusive, e por isso mesmo, ele deveria ser pauta de discussão permanente entre os gestores das empresas familiares.

Indo direto ao assunto, quando uma assessoria é contratada, não é pelo status de ter uma equipe de especialistas trabalhando na empresa. Na verdade, é para realizar, de um modo geral, transformações que permitam uma mudança em direção ao crescimento dessa organização. Independente de qual âmbito das operações. Portanto, pode ser um trabalho voltado para os processos, para a técnica, para a estratégia etc.

Acontece que, quanto mais independente da cúpula administrativa for a realização do projeto, mais chances de êxito ele tem. Por exemplo, um projeto de arquitetura da estrutura do ambiente. A realização desse projeto independe de qualquer coisa vindo da Direção, exceto os recursos financeiros. E tudo transcorre às mil maravilhas.

Mas quando um projeto envolve a mudança de comportamento dos gestores, as coisas não são tão fáceis assim. É quando, nesse caso, predomina uma leitura desfocada da realidade causada pela imaturidade desses. Em outras palavras, para resumir, o mercado deve mudar, os funcionários devem mudar, mas eles, os gestores, não percebem que precisam e devem mudar eles mesmos.

Afinal, de nada adiantará tudo em volta mudar, se quem decide, está preso às práticas habituais, portanto, viciadas, que não mais se adéquam às exigências de mercado. Lembrando que essas práticas revelam uma acomodação terrível que repercute nos resultados dos negócios. Claro que para cada tamanho de organização, proporcional está o seu universo. Mas, ainda assim, existe uma relação externa que impõe as adaptações.

E quando isso acontece, claro, são os gestores que impedem o crescimento da organização. Ora, não é por ser dono do negócio que o seu personalismo ou a sua acomodação deixará de danificar o empreendimento. Como resultado desse equívoco, a paciência do cliente se esgota fazendo-o buscar alternativas; o desempenho dos funcionários cai devido à falta de credibilidade dos gestores; os fornecedores começam a desconfiar; inicia-se a perda de clientes sem que os dirigentes saibam o que fazer para conseguir novos clientes.

Por isso, dizer que existe alguém que está imune à necessidade de mudança, é atestar uma pretensão suicida. Humildade para aprender, sabedoria para ouvir, empenho para superar-se são, no mínimo, características necessárias ao empresário desse novo século. Mais do que isso, indo um pouco mais fundo, para as pessoas desse novo século.

Isso posto, vale lembrar que, dentro dos preceitos éticos, um sábio já orientava dizendo que “para obter algo que nunca teve, precisa fazer algo que nunca fez”. E como isso nem sempre está claro para quem não enxerga os seus hábitos, o trabalho de assessoria pessoal ou organizacional assume essa tarefa.

Copyright©Mhauro Garcia Filho

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