O homem é produto do meio ou o meio é produto do homem? Essa é uma pergunta que sempre surge quando se fala em comportamento humano. Ela é debatida com entusiasmo e as percepções individuais, normalmente, fazem a escolha que melhor se encaixa com sua visão de mundo.
Para determinados grupos, a certeza de que o meio é produto do homem parte do entendimento ou da convicção de que o homem é o responsável pelo que faz e, portanto, se a vida não vai muito bem, isso diz respeito somente a ele. Por outro lado, em contrapartida a esse pensamento, outros grupos afirmam que as pessoas sofrem limitações impostas pelo meio em que vivem, sendo impedidas, portanto, de realizarem importantes feitos para estruturarem as suas vidas. O primeiro culpa os homens pelos fracassos, enquanto que o segundo culpa o meio pelos fracassos.
No entanto, há quem entenda que essa é uma questão que, presente na vida das pessoas, se movimenta continuamente. Hora o homem influencia o meio, noutro instante é influenciado por ele sendo essa a premissa da sensatez diante das inúmeras variáveis que compõem a vida e o comportamento humano.
Mas admitindo que essas duas perguntas sempre surgem como a lua e o sol, ou seja, quando uma acontece a outra fica obscurecida, fica a pergunta: como conciliar as duas e trabalhar o Ser humano extraindo e realizando suas potencialidades positivas? Esse, inclusive, é o grande desafio dentro das organizações.
Por incrível que pareça, a idéia de fazer o Bem, se tornou um bem, um passivo intangível dentro das organizações ao mesmo tempo em que veio trazer uma solução para o antagonismo da questão inicial. Veja essa descoberta!
Estudos da neurociência trazem novidades impressionantes sobre o cérebro e afirmam que ele é um órgão social por um motivo muito simples: as reações neurológicas e fisiológicas são moldadas direta e profundamente pela interação social. Ex: se uma pessoa se sentir excluída, o cérebro pode entender que se trata de uma agressão física.
Portanto, a forma como somos tratados pelas pessoas provocam uma resposta neural do mesmo tipo que nos impulsionam a buscar alimento ou fugir de um predador. Isso porque a região do cérebro que processa as informações é a mesma tanto para o sentimento de exclusão como para um alerta de situação de perigo. Localiza-se na porção dorsal do Cortez Cingulado Anterior, a região da dor, do sofrimento.
E como a neurociência afirma também que todo e qualquer comportamento poder ser mudado em qualquer idade, mesmo aqueles comportamentos mais arraigados, por causa da maleabilidade do cérebro, o elo entre o indivíduo e a sociedade, a conciliação entre a atitude individual e a atitude do grupo, se realiza no exercício do bem. Mas como é sabido que o bem não perdura sem a sua essência, por que não dizer que essa conciliação somente se realizará no exercício do amor?
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