CURSO FORMAÇÃO DE PREÇO

9/20/2010

Cargo na empresa familiar: competência ou confiança?



Recebi de um consultor e amigo, um estudo que teve como seu objeto as empresas familiares.  Esse trabalho trouxe bastante informação para o entendimento da lógica empresarial desse tipo de empresa. Dentre assuntos e procedimentos já conhecidos pela vivência, trouxe também novidades interessantes que vale a pena comentar. Vale ainda ressaltar que a diferença entre o que se conhecia antes e o agora é que toda a argumentação e o diagnóstico foi orientado pela ciência.

Uma marca para as empresas familiares é que os cargos de maiores destaques sempre ficam com os membros da família. Mesmo que esse ocupante do cargo não tenha a capacidade para desempenhá-lo. Isso porque o que mais importa nessa lógica empresarial, descontando o vínculo de parentesco, é a confiança.  De alguma forma, esse entendimento sempre foi muito aberto e claro para todo o entorno daquele universo empresarial e nem precisava da ciência para saber disso.

No entanto, está ocorrendo uma mudança muito interessante que a ciência mostrou e justificou: a confiança está deixando de ser tão importante e perdendo espaço para a competência. Exatamente! Entre a confiança e a competência, os fundadores das organizações estão preferindo a última.  A competência.

A justificativa é bastante óbvia. Afinal, a velocidade com que as coisas estão mudando, pagar para ver é um tanto temeroso. Principalmente porque o mercado é altamente exigente com resultados qualificados.

Se esse estudo for divulgado, acredito que será possível acelerar a transformação dos paradigmas organizacionais em todo o Brasil para que se atinja a excelência nos tratos empresariais.

Isso é interessante porque, acrescentando dados à essa pesquisa, percebi um viés nesse tipo de relação organizacional. Quando o fundador da empresa começa a entregar o comando para os familiares, além de, segundo a pesquisa, não estarem aptos ao cargo, existe, também, o paradigma da coisa fácil. Quer dizer, os sapos que o fundador engoliu durante a fase de consolidação da empresa, os descendentes não admitem engolir devido ao costume do status.  Isso mesmo, o orgulho não admite que se curvem diante de situações mais delicadas. E essas características pioram quando os sucessores não tiveram a experiência de trabalho em outras organizações. 

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