
A complexidade das demandas de grupos humanos em meio às rápidas mudanças características da modernidade, de uma só vez, determina a divisão do trabalho e enseja novos ofícios. A partir de uma relação calcada nas necessidades específicas ou nas transformações de valores de cada conjunto de membro de um grupo de pessoas, é necessário um conhecimento determinado de atores sociais cujo interesse é despertado em função de suprir aquela demanda. Portanto, podemos dizer que, seja no âmbito de uma pequena localidade ou a partir de uma compreensão mundial, as transformações das ocupações profissionais são oriundas de demandas de grupos com necessidades iguais. Essas necessidades podem ser tão específicas que têm a força para determinar o surgimento de novas aplicações de saberes que passam a ser racionalizados, planejados e com tratamento mais elaborado. A Internet, a área de saúde, a bioética, a área ambiental, a sociedade etc, são comprovações reais do surgimento de novas profissões. Para fazer uma citação, é o caso da Fisioterapia que, sendo uma atividade voltada para a saúde, é uma carreira nova com trinta e sete anos de reconhecimento e autonomia profissional no Brasil.
Claro que algumas profissões tradicionais buscam seu quinhão nesse mercado, mas não suprimem o surgimento de novas ocupações profissionais. Interessante é perceber que, a despeito de qualquer interesse de classe, o socorro ao apelo social se organiza e se realiza, cedo ou tarde, de uma forma ou de outra. Por esse motivo, talvez, o mais importante seja estimular a sensibilidade nos governantes, nos trabalhadores, nos empresários e nos dirigentes das Instituições de Ensino Superior - IES para que percebam o potencial de contribuição mútua no sentido de organizar, desenvolver e realizar essas transformações.
Outra sensibilidade necessária por parte dessas organizações estruturadas é perceber e apoiar seja incentivando ou acolhendo as alternativas espontâneas de socorro às demandas da população ou de negócios para estar no compasso das novidades laborais e sociais.
Mas admitindo que é através do ensino que se institui um ofício, pretendemos nos ater nesse instante somente ao papel das Instituições de Ensino Superior, pois são elas que outorgam o conhecimento de um profissional que passa por seus bancos. É nesse ambiente que se desenvolve, numa quantidade maior, um conhecimento útil para o desenvolvimento humano e tecnológico. Principalmente quando existe uma infra-estrutura adequada permeada de professores interessados em fornecer atalhos para o aprendizado de seus alunos. É, sem dúvida, a que mais se expõe por ter a incumbência de entregar para a sociedade os profissionais capacitados para atender às demandas do cotidiano. Portanto, dou os parabéns a todas as IES do Brasil que assumem essa responsabilidade que, muitas vezes, nem o sabe.
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Mhauro,
ResponderExcluirsem nenhum constrangimento eu falo numa revolução dos costumes, que venha implantar um novo modelo de sociedade: plural, justa, solidária e (MAIS QUE TUDO!) consciente.
Esta é a única ferramenta para esse objetivo: Educação. Cuidar dos pequenos e dos grandes. Educação fundamental e superior, financiada pelo Estado (suas primeira e última obrigações!).
Grande abraço e parabéns pelo texto.
ATP
Torquilho, seus comentários são sempre bem vindos, pois nos trazem verdades que agregam à compreensão.
ResponderExcluirUm mundo melhor é possível, sim! E certamente chegaremos lá, mais cedo ou mais tarde, pelas mãos dos artistas, dos loucos e dos idealistas.
Grato pelas felicitações.
Forte abraço.