
Desde que ouvi um relato de insatisfação sobre a barreira que impede um relacionamento de amizade consolidar-se, passei a observar os fundamentos intrínsecos de valores que regem esse momento entre duas pessoas.
Daí, pude perceber como traço marcante do comportamento de alguns grupos, a volatilidade, o desfazimento fácil das relações interpessoais. É como se as pessoas fossem apenas um instrumento para cumprir determinada função e depois de cumprido, adeus.
Realmente, se alguém está apenas buscando um desfecho adequado para alguma situação encontrando no outro a suposta solução, depois de atendida a sua necessidade, condicionalmente, a pessoa que se sentiu atendida, acaba por não precisar mais de quem lhe socorreu.
O pior é que muitas vezes, nem mesmo a boa educação é utilizada para o reconhecimento de ajuda. Um simples obrigado.
Então a rudeza, a secura, o medo de ser tomado pela emoção do amor, prevalece como base para essas relações. E mais, a falta de sobriedade para lidar com essas emoções demonstra que a pessoa está em fase embrionária para o controle da dosagem dos sentimentos. Ou seja, bem distante de sua maturidade.
E por não ter maturidade, as emoções revelam, também, uma patologia social: a falta de compromisso mútuo.
Imagine alguém ou alguma empresa desejando socorrer alguma necessidade por outra entidade nos moldes dessa patologia. Alguém sentiria segurança sem a certeza do compromisso de quem socorre?
Por exemplo: uma criança fica tranqüila porque confia em seus pais. Contudo essa confiança somente se consolidou pelo fato de os pais terem demonstrado, sucessivamente, o compromisso de educar do filho. Ou seja, compromisso gera confiança.
Portanto, exercitar as emoções, amadurecendo-as a ponto de saber dosar bem essa energia em favor do equilíbrio, passa a ser um caminho para consolidar a prática do compromisso e a conquista de amizades.
Sem compromisso, não dá!
Daí, pude perceber como traço marcante do comportamento de alguns grupos, a volatilidade, o desfazimento fácil das relações interpessoais. É como se as pessoas fossem apenas um instrumento para cumprir determinada função e depois de cumprido, adeus.
Realmente, se alguém está apenas buscando um desfecho adequado para alguma situação encontrando no outro a suposta solução, depois de atendida a sua necessidade, condicionalmente, a pessoa que se sentiu atendida, acaba por não precisar mais de quem lhe socorreu.
O pior é que muitas vezes, nem mesmo a boa educação é utilizada para o reconhecimento de ajuda. Um simples obrigado.
Então a rudeza, a secura, o medo de ser tomado pela emoção do amor, prevalece como base para essas relações. E mais, a falta de sobriedade para lidar com essas emoções demonstra que a pessoa está em fase embrionária para o controle da dosagem dos sentimentos. Ou seja, bem distante de sua maturidade.
E por não ter maturidade, as emoções revelam, também, uma patologia social: a falta de compromisso mútuo.
Imagine alguém ou alguma empresa desejando socorrer alguma necessidade por outra entidade nos moldes dessa patologia. Alguém sentiria segurança sem a certeza do compromisso de quem socorre?
Por exemplo: uma criança fica tranqüila porque confia em seus pais. Contudo essa confiança somente se consolidou pelo fato de os pais terem demonstrado, sucessivamente, o compromisso de educar do filho. Ou seja, compromisso gera confiança.
Portanto, exercitar as emoções, amadurecendo-as a ponto de saber dosar bem essa energia em favor do equilíbrio, passa a ser um caminho para consolidar a prática do compromisso e a conquista de amizades.
Sem compromisso, não dá!
Copyright©Mhauro Garcia Filho
;)
Caro amigo, tudo bem?
ResponderExcluirEm parte concordo com o que você diz, contudo, penso que existe um engodo em aderir às relações sem esperar nada de volta.
Na vida, tudo que fazemos esperamos retorno. Ele pode até demorar ou não se anunciar. Mas esperamos, sempre. Veja um comércio; veja a lei de causa e efeito.
Por outro lado, ao mesmo tempo em que "acredito" não esperar nada de volta, estou permitindo que a minha relação seja descompromissada. Volátil. E isso, meu caro amigo não é producente. É puro desgaste.
Quando você exige um retorno, como por exemplo, o uso da educação ou a atenção, é porque você também se compromete a fazer.
Mas existe uma alternativa para esses casos de entender as limitações dos outros. É considerá-los como doentes. E se assim for, não devemos trabalhar para a sua cura? E esse trabalho, no mínimo, é dando o exemplo. A não ser que eu seja um doente sem perceber o que faço. Dessa forma, será cego guiando cego e os dois cairão em uma vala!
Li o texto como tambem o comentário em anexo...
ResponderExcluirNão posso deixar de exprimir o que Francisco de Assis nos orienta no "É dando que se recebe". 1 1º - Damos atenção aos inúmeros favores que recebemos durante nossa vida, com gestos de gratidão?
- Não receberemos de volta o mesmo gesto se não o praticarmos (ação e reaçao).
2º - Geralmente queremos um gesto de gratidão quando fazemos algo de prazeiroso a alguém. Incide aí nosso egoismo e vaidade querendo sermos reconhecidos.
- "Que a sua mão direita não saiba o que a esquerda faz", é o conselho do psicólogo dos psicólogos.
No mais, querer amealhar amizade e fixá-las sem o mérito proporcional, é vã atitude.
Olá, Paulo, sua participação é sempre muito bacana, pois ela nos permite um "algo mais".
ResponderExcluirÉ verdade, o que você diz.
Existe o ensinamento de Francisco de Assis e a metáfora das mãos em relação à caridade.
E, além disso, existe o ideal. Ou seja, aquilo que almejamos como útil e correto para a vida. E existe o real. Ou seja, aquilo que vivemos independentemente dos sonhos.
O ideal seria que pudéssemos sublimar as más respostas das relações.
O real é que nos machucamos com as más respostas das relações. Mesmo que depois consigamos sublimar.
E como você já percebeu, esse texto é para aqueles que ainda se iludem com falsas amizades. Para que essas pessoas descubram esse poucos princípios de uma verdadeira amizade e descartem o que não presta em suas vidas. Ou, de outra forma, com humildade, descubra um caminho para conquistar amigos, pois amizade não se mendiga. Ou, ainda, saiba onde está “pisando”.
Valeu Paulo!
É realmente visível esta falta de compromisso em muitos laços de amizade, ou pseudo-amizade , ou quem sabe possamos designá-la de amizade em tempos de velocidade. É o que ficou conhecido há algum tempo como relacionamentos descolados; a dependência parecia um mal a ser extirpado, então sejamos descolados, cada um segue o roteiro de suas próprias necessidades. Que lega!
ResponderExcluirE aí realmente, tome desconsideração. Dependência não, independência também não, então
como sugere Winnicott o caminho de relacionamentos maduros é a interdependência.
Isso mesmo, Elda. É uma reflexão sobre a consistência e qualidade das relações interpessoais. Sem dúvida que o mútuo compromisso é o mais importa.
ResponderExcluir