
Existe um meio de autoavaliação valoroso que está disponível a inúmeras pessoas e organizações. Ele chega, a maioria das vezes, quando menos se espera, mas, infelizmente, a reação das pessoas físicas ou pessoas jurídicas, é de rejeição por sentirem-se ofendidas.
Na verdade, seja por consciência do seu valor ou por respeito à reação de rejeição, está cada vez mais raro a exposição desse recurso pelos interlocutores. Por isso, é possível medir o grau de maturidade de uma instituição pela sua humildade, pela sua disposição para ouvir, pela atenção que dispensa a uma opinião ou crítica.
Isso mesmo caro leitor, a crítica é um meio muito interessante para que as instituições possam enxergar-se através do outro. Sem ela, infelizmente, não é possível um entendimento da sua atuação para que possa ser realizada a permanente depuração das práticas de procedimentos, de relacionamentos, de convivência. É através da crítica que a instituição pode entender-se e situar-se no contexto em que atua.
Quando digo que a aceitação de uma crítica revela o grau de maturidade de uma instituição, é porque ela chegou a um patamar de segurança nas suas ações que permite ser ajustado a qualquer momento. Ao mesmo tempo, não se assusta nem se sente ofendida pelas observações, pois tem um senso crítico apurado o suficiente para entender o que é útil e o que é descartável. No entanto, jamais despreza a oportunidade de conhecer-se através dos olhos alheios, demonstrando boas intenções com a proposta de sua instituição.
Para quem quiser aprofundar um pouco mais essa questão, é só ler o artigo Marketing Pessoal e o Imaginário Coletivo. Trata-se de uma teoria sobre a existência de uma quarta pessoa na relação interpessoal.
Pois bem, considero a crítica tão importante que a sua ausência assemelha-se à indiferença. É como viver com zumbis. É como viver com pessoas que não dão retorno de sua existência. E essa indiferença acaba por deixar qualquer instituição a mercê de sua sorte.
A crítica, principalmente vindo dos que se sentem incomodados, é absolutamente útil como uma orientação espontânea. Aliás, resumindo a coisa, o que seria da humanidade se não fossem os incomodados?!?!
Copyright©Mhauro Garcia Filho
Veja também: Criticando a crítica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Grato pelo seu comentário.