CURSO FORMAÇÃO DE PREÇO

10/10/2009

Arremedo de capitalismo









Existem incoerências na vida que passam despercebidas por qualquer um. Elas ficam camufladas pelas ilusões ou equívocos. Até que chega um momento em que tudo se revela com grande impacto.

De certo que a cultura, o meio em que o sujeito vive, contribui para esse tipo de camuflagem que são revelados posteriormente à descoberta da coerência. É quando o entendimento chega e mostra que tudo não passava de equívocos recorrentes, os quais, na maioria das vezes, são os responsáveis pelo entrave nas relações de todos os tipos.

O fato é que determinada relação comercial foi acordado nos termos de permuta. Um prestava serviço para o outro em troca dos seus serviços. Aparentemente tudo normal, correto? Levando-se em conta que a consistência e durabilidade dessa relação depende da maturidade profissional de ambas as partes, parece que sim!

Mas o fato é que, rapidamente, o lado mais apegado ás suas práticas e rotinas foi esfriando ao ponto de relativizar a importância de respeitar aquele acordo. A conseqüência foi a contaminação da outra parte por esse pensamento redundando em nada feito.

Quando fui perguntado sobre o que poderia ter acontecido, a resposta estava clara. Simplesmente o valor de ambos os serviços não foi percebido pelo simples fato de ter sido uma permuta. Nesse caso, nada se fez tangível e nem mensurável.

Moral da história: existem pessoas que ainda não assimilaram a idéia principal do capitalismo. Vivem alimentando a crença de que todos devem pagar por seus serviços/produtos enquanto elas devem obter de graça. Ora, isso é um arremedo medonho de capitalismo. O verdadeiro capitalista deve incentivar o gosto de pagar porque ele acredita que também será pago. Pois acredita que vai, mas volta. É com essa prática que ele alimenta a idéia de que tudo está intermediado pelo dinheiro.

E o que aconteceu nesse caso é óbvio: por um lado o serviço foi desvalorizado porque não tinha uma referência mínima de valor. E por outro o desestímulo se instalou por não ser reconhecido por uma representação mínima de valor. E isso foi simultâneo em ambas as partes.

Portanto, jamais estabeleça uma relação comercial sem uma referência mínima de valor mometário, pois redunda em desgaste do profissional e do sistema. Mesmo porque, as grandes instituições, inclusive as que prestam serviços básicos, não se relacionam daquela forma no mercado. Elas querem grana.

Copyright©Mhauro Garcia Filho



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