CURSO FORMAÇÃO DE PREÇO

10/05/2009

Educar a educação






De fato, em se tratando de interesses antagônicos, o maior questionamento é saber qual prevalecerá. Se o interesse da tradição ou da modernização, se da situação ou da oposição. Deve-se lembrar que nos dois lados existe uma série de justificativas que explicitam a ideologia contida.

Inicialmente, numa primeira vista, fazendo o recorte da situação, a aparência é que somente existem dois lados que se opõem indiferentes ao ambiente que dá a sustentação de interesses. Ou seja, parece que somente existe o protagonista e o antagonista. Mas existe, também, a realidade em que vivem. São três os fatores de interesses: duas pessoas ou grupos e mais o ambiente.

E o que é mais impressionante é que o ambiente é, na maior parte das vezes, o maior provocador de situações. Já que o sujeito tem mania de se acomodar, sendo esse um motivo de interesse de que tudo permaneça, as transformações ocorrem provocadas pelo terceiro componente fazendo do segundo sujeito um instrumento de realização de seus propósitos. É hora de mudar!

Mas mudar o quê?

Normalmente, o rumo dos acontecimentos! Agora, se é para melhor ou para pior, vai depender de como a força dos acontecimentos se realizam. Contudo, existe uma forma de cuidar da qualidade dessa força. Basta cuidar da educação do sujeito para que o ambiente seja regido pela qualidade de seus valores e idéias.

Educar, para muitos, é ensinar. Mas quando se busca a etimologia dessa palavra, logo o senso comum cai por terra. Na verdade ela é a composição de duas outras palavras do Latim: ex (fora) e ducere (conduzir, levar). Portanto, o seu sentido original é conduzir para fora.

Isso significa que educar é mais que ensinar, adestrar, castigar, dar lições, pois tudo tem característica de ativar o aluno de fora para dentro. É mais porque, na verdade, educar é a capacidade de extrair do aprendiz a sua superação por ele mesmo, é dar condições de sínteses iluminadas, é fornecer caminhos para que seu potencial o leve a descobertas úteis e reais. Ou seja, de dentro para fora o fazendo compreender que ele não é um espectador, mas um agente.

Considere, ainda, que educar não é dedicado apenas a uma fase da vida enquanto criança ou adolescente, e nem está restrito à escola. Pelo contrário, o adulto, atualmente, é o que mais precisa de educação.

Copyright©Mhauro Garcia Filho

Um comentário:

  1. "Basta cuidar da educação do sujeito para que o ambiente seja regido pela qualidade de seus valores e idéias". Prof. Já não acredito que a "educação" mais possa gerar estas mudanças, afinal os valores foram trocados, temos o certo tido como errado e o que antes era errado se tornou certo. Seria então uma "reeducação", buscar de volta os valores perdidos.
    ah.. já pensou em reunir todos estes post em um livro? ...
    Bjssssss

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