Para dar um exemplo sobre o que falei no artigo Teoria X e Teoria Y, a respeito da capacidade de conjugar os conhecimentos para aplicar de forma que os resultados sejam mais consistentes, vou dar um exemplo do cotidiano para simplificar o entendimento.
Muitos de nossos problemas têm sua origem bem distante de seus efeitos. Portanto, tomar aquilo que é imediato como uma conclusão e resposta para entender e solucionar esse problema, acaba frustrando a tentativa de solução.
Naquele artigo, a análise do comportamento do colaborador da empresa feita por O`Shaunghnessy, fica reduzida a uma percepção bem proporcional ao conhecimento. Portanto, restrito. Daí aplica-se soluções com resultados mínimos ou nenhum. Pior é quando agrava o problema gerando efeitos colaterais.
Mas como ele não pode mais se manifestar, vamos deixá-lo de lado e ir direto ao exemplo. Contudo, admito que adoraria debater com ele, pois acredito que sairia um pouco melhor do que entrei.
Vamos lá!
Sobre o exemplo, é muito simples: imagine-se no trânsito... você tentando chegar ao seu destino e inúmeros carros na sua frente. Dentro do carro, aquele ambiente terrível de interrupção, estagnação.
A paciência no limite e, de repente, um acidente lá na frente. Interrompe duas divisões da pista e agora todos os carros têm que passar por apenas uma divisão. Por que o cara desse carro foi bater, causar esse acidente? Por causa dele, ficarei mais tempo no trânsito. Filho da mãe...
A culpa de todo o transtorno vai direto para uma pessoa que se encontra com o mesmo intuito que o seu: Chegar ao seu destino. Realmente, essa pessoa deveria ter mais cuidado. É muito descuido.
Pronto, esse é o quadro.
Acontece que esse motorista prejudicado em seu tempo não faz e nem imagina fazer a relação do acontecido com o crescente aumento de carros nas ruas; com a superlotação de pessoas em um área através dos prédios; com a falta de abertura de novas ruas; com a falta de transportes públicos; com a necessidade de carros cada vez menores e mais funcionais etc.
E de quem é a culpa mesmo? Bom, fica mais fácil arrebentar a corda do lado mais fraco, contudo, insisto em dizer, em se tratando de soluções, não adianta tapar o sol com a peneira. Principalmente quando se trata de organizações. É necessário olhar no espelho sempre e enfrentar a causa e não os efeitos.
Mas, claro, quem preferir ainda tapar o sol com a peneira...
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