Recentemente assisti uma reportagem sobre enfeites de Natal nas lojas de Nova York. A matéria mostrava o quanto o enfeite colocado na vitrine tinha importância. Só para ter uma idéia, a loja que mais fosse bonita e criativa, tinha mais repercussão, junto aos consumidores, durante o ano inteiro.
Ano passado, a loja concorrente tinha conseguido esse feito. Mas, para compensar essa “perda” a tal loja estava investindo, nesse ano, oito milhões de dólares na montagem de suas vitrines.
Caramba, você sabe o que é isso?
Bom, dando sequencia à reportagem, a repórter foi entrevistar os transeuntes e ouvir suas impressões. A primeira disse que aquilo era algo maravilhoso, pois a remetia a um conto de fadas, a segunda disse que aquilo era muito importante para todos, era como se a loja presenteasse a sociedade.
Então a repórter foi falar com uma brasileira que estava em NY: o que você acha dessa decoração de natal? E a senhora prontamente respondeu algo assim: acho legal, mas eu quero mesmo é comprar. E então começou a rir “espertamente”, buscando apoio junto ao seu grupo.
Bom, descontando o fato de que todos estavam ali para comprar, essas atitudes mostram a diferença sobre o que é importante para uma pessoa. Enquanto uma revelou a sensibilidade para reconhecer aquela vitrine como um presente importante para a sociedade, nossa representante, a brasileira, revelou a robustez da casca grossa, da falta de sensibilidade.
Lamentavelmente, isso me deixa impressionado. Será que essa pessoa é a representante fiel da cultura de nosso país? Uma cultura que não valoriza as investidas sublimes de pessoas, que só consegue olhar para a “carne crua ignorando os temperos e acompanhamentos”? Que só reproduz a rudeza de espírito?
Se for assim...
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