CURSO FORMAÇÃO DE PREÇO

3/12/2011

Direitos Humanos








Quando se trata das ações dos Direitos Humanos, logo se percebe pessoas tomadas por uma sensação de indignação, de protesto. De acordo com suas convicções, é tudo muito incoerente. Um criminoso receber proteção?!? De fato, essa situação é do tipo que merece mais atenção para se entender melhor o caso. Mas quando se analisa a coisa com um pouco mais de distância, dá para perceber que essa indignação não se manifesta sozinha. Ela vem acompanhada do sentimento de vingança.

E talvez esse seja o ponto. O desejo de vingança que temos encruado em nossas decisões. Normalmente, para o infrator, nossa preocupação não é de educar. Nossa preocupação é de fazê-lo pagar por seus erros. Acontece que se ele não se educa, o infrator pode até pagar pelos seus erros, mas voltará a cometê-los novamente. E quem perde somos nós, porque sofreremos novamente.

Então, sob essa perspectiva, apoiar os Direitos Humanos acaba sendo estratégico. Afinal somos passíveis de erros a cada momento. O que nos mantém na “linha” são os lastros, os laços afetivos que conseguimos fortalecer, de tal forma que eles conseguem se impor frente às nossas reações impetuosas.

Portanto, dá para entender os Direitos Humanos como um refreador da ira humana. Útil até para nos proteger de nós mesmos. Então, significa que não se trata de absolver o criminoso sem julgamento, mas quanto e como ele deve ser punido para que aprenda a conviver em grupo. 

2 comentários:

  1. Olá Mauro, tudo bem?
    O universo é feito de polaridades, por isso tudo na vida tem os dois lados. Dia e noite, sol e lua, amor e ódio... A lista é grande de polaridades.
    Concordo com você que as leis existem para nos conter, pois sem elas os nossos instintos mais primitivos poderiam ser manifestados sem controle o que tornaria muito dificil a convicência.
    Um abraço,
    Lila

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  2. Olá, Mhauro. Li o texto e concordo com a existência do desejo de vingança dentro de nós. E entendo porque ele existe. Isso é histórico e tem relação com nossa impotência diante de certa situações da vida.

    Observo que é muito fácil se aceitar a prática, o exercício dos Direitos Humanos quando estamos diante de crimes leves (um roubo, um furto, por exemplo) e praticados por pessoas ainda em início de formação - as crianças.

    Entretanto, quando sabemos que um político eleito por nós desviou milhões de reais destinados a obras beneficiárias da sociedade; ou quando é noticiado que um pai abusou sexualmente da filha criança e depois pré-adolescente por diversos anos, obrigando-a ao silêncio sob ameaça de morte; quando se divulga a informação de que um policial se associou ao narcotráfico, passando a extorquir dinheiro dos traficantes e, em alguns casos, ele mesmo passando a fazer o tráfico da droga, levando-a a consumidores adolescentes, por exemplo, creio que seja pertinente se perguntar se eles devem ter as prerrogativas dos Direitos Humanos, porque humanos eles não foram com os semelhantes.

    Entendo que o desejo de vingança venha também da constatação de que quem está no poder dele se vale para se proteger e não sofrer pena alguma, enquanto a sociedade comum não tem muito o que fazer quando lhe imputam um crime.

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