Tenho encontrado empreendedores
que reclamam muito de sua realidade. Ouço calado e continuo calado até o final
do discurso. Mas fico assustado por eles não perceberem como alimentam essa
realidade. Não é a primeira vez que falo sobre esse assunto, mas, por valer a
pena tocar mais uma vez nesse tema, vou retomar com algumas considerações de
artigos que escrevi aqui.
Ontem,
procurei uma empresária para lhe apresentar um projeto. Como ela não estava, a
responsável de plantão me atendeu. E, sem nenhuma surpresa, fui avisado que eu
estava falando com a filha da proprietária. Ok. Então iniciei minha explanação
e propus deixar com ela uma apresentação para posterior contato. De repente, a
gerente/filha me interrompeu e disse que não tinha interesse para receber nada.
Tomei
um susto com o que ouvi. Fiquei em silêncio e imaginei o que seria aquilo
dentro de uma organização comercial. Rapidamente fiz uma leitura da realidade
da empresa e deduzi que estava passando por dificuldades. Mesmo assim, isso não
é desculpa. Mas afinal, o que faria um empresário recusar conhecer um projeto
que propõe melhorar sua empresa?
Dito
isso, vamos às considerações. Existe uma cultura predominante nas comunidades.
Essa cultura, por isso mesmo, sequer é percebida por aqueles que a vivem. Pois,
para perceber algo de errado nessa área é preciso ter sensibilidade; para enxergar
algo errado é preciso ter conhecimento sobre o mecanismo de causa e efeito.
Você
deve estar pensando sobre qual seria essa realidade. Pois bem, estamos falando
de atitudes as quais se diferenciam entre reativa e proativa. O reativo não
consegue enxergar oportunidades e precisa ter um aval de terceiros para
reconhecer o valor de alguma proposição. Normalmente reproduz o que os outros
já fizeram sem se questionar. Enquanto que o proativo consegue perceber as
oportunidades buscando executá-las, independente do aval de qualquer pessoa. Esse
se percebe no contexto e age sobre ele de maneira estratégica.
Com
essas características, dá para perceber o quanto é difícil viver em uma
comunidade reativa. Afinal essa característica cultural fica esperando que
venha algo de fora, não entende nenhuma projeção e reproduz o comportamento
impeditivo que ele tanto reprova. Ou seja, ele faz com os outros o que os
outros fazem com ele. Embora ele reclame do mal que fizeram com ele, ele não
percebe que faz a mesma coisa com outras pessoas. Disso forma-se um círculo
vicioso aprisionante, negativo e empobrecedor. Eis o inferno de Dante.
Contudo
existem pessoas que vivem harmonicamente com esse tipo de comportamento. Chega
mesmo a sentir prazer em negar ou se sentir superior por ter a decisão em suas
mãos. No íntimo parecem trazer um rancor, uma raiva por desconfiar de suas
limitações. Infelizmente, isso predomina em algumas comunidades e se alastra por
toda a cidade.
Você
deve estar se perguntando o que fazer para que isso mude para um círculo
virtuoso. E eu respondo perguntando: seria dar oportunidades valorizando o seu
entorno?
:)
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