CURSO FORMAÇÃO DE PREÇO

9/05/2016

Espírito Empreendedor











Caso verídico...

Certa vez, Santo Antônio foi enviado por Deus para resgatar uma alma do purgatório. A condição era que essa alma entraria no Céu como mentor para novos empreendedores e ela teria que ensinar as melhores práticas e experiências de sua vida profissional. Então, cumprindo sua missão, Santo Antônio adentrou o purgatório e começou a entrevistar os que se candidatavam para o Céu.

Dois empreendedores se destacaram por seus desempenhos e, como tinham sido bem sucedidos nas fases anteriores da entrevista, Santo Antônio resolveu que seria entre esses dois.  As duas almas de empreendedores estavam vestidas com os uniformes cedidos pelos assessores de Santo Antônio. Um estava de azul e o outro de verde. Então deu início a ultima fase do teste com um questionário oral.

Santo Antônio – Queridas almas, não importa o quanto cada uma tenha realizado de prosperidade material, o que importa nesse momento é o conteúdo que será passado para os alunos do Céu. Então me respondam: O que um empreendedor deve saber sobre seu negócio?

Azul - Deve saber que a finalidade de seu empreendimento é para lhe proporcionar prosperidade, conforto e lazer. Quanto mais ele crescer, melhor, pois será possível, gerar mais prosperidade.

Verde - Acho que ele deve entender que o seu empreendimento envolve outras pessoas e mesmo a sociedade. Ele precisa buscar a prosperidade com atitudes correspondentes à sua responsabilidade e às suas relações interpessoais.

Santo Antônio – Quando em suas atividades do cotidiano, como você se comportava com o seu negócio?

Azul – Bom, eu ficava super concentrado nas minhas atividades, buscava encontrar maneiras de melhorar o meu desempenho junto aos meus colaboradores.

Verde – Eu também buscava melhorar o desempenho, mas como pensava no resultado, estava sempre atento para novas oportunidades e informações úteis e inteligentes.

Santo Antônio – Quando aparecia uma oportunidade diferente, qual a sua reação diante dela?

Azul – Normalmente eu procurava ignorar, pois não podia dar atenção às coisas diferentes e nem aumentar minhas despesas. Precisava manter minha concentração e minha equipe no foco.

Verde – Eu gostava de ouvir e experimentar. Principalmente se essa coisa diferente fosse investir na economia local, pois, dessa forma, eu também participava da circulação do dinheiro e ajudava no crescimento da economia.

Santo Antônio – Quando uma pessoa chegava para você com uma proposta de negócio ou de parceria, o que você avaliava? Você fez muitas parcerias?

Azul – Primeiramente eu observava como era a relação dessa parceria vendo se era bom para mim. Mas nunca fiz parceria porque as propostas não eram interessantes. Os parceiros que faziam as propostas se achavam melhores do que a gente.

Verde – Eu também avaliava as propostas. Em algumas parcerias eu via que a relação parecia desigual. Por exemplo, um parceiro fornecedor, às vezes me fazia comprar algo que não necessitava. Mas, mesmo assim, eu ainda queria, pois eu enxergava a vantagem para o meu empreendimento.

Santo Antônio – Quantas vezes você refez seus processos ou criou algo novo?

Azul – Sobre esse assunto, eu acho que devemos ter prudência, pois time que está ganhando a gente não mexe. Sempre preferi copiar o que os outros já fizeram com sucesso. Dessa forma, eu não corria risco de errar.

Verde – Eu errei algumas vezes que tentei implantar algo novo. Tive algumas dificuldades no começo, mas aprendi a lidar com novas propostas. Depois passei a controlar melhor as implementações do que era novo.

Santo Antônio – E como você melhorava o desempenho do seu empreendimento?

Azul – Essa é uma pergunta boa. Eu normalmente já sabia o que tinha que fazer, pois nossa atividade era sempre a mesma. Minha preocupação era de aprimorar nossa técnica, pois sobre o restante, eu tirava uma dúvida com algum artigo.

Verde – Eu buscava conhecer coisas novas com especialistas. Chegamos a contratar esses profissionais, pois embora eu pudesse ler sobre o assunto, o conhecimento deles é mais profundo, afinal, são especialistas.

Santo Antônio – Como você aproveitava o conhecimento de sua equipe de trabalho?

Azul – Santo Antônio, eu não lembro de alguém ter querido contribuir com algum conhecimento.

Verde – Eu ficava atento a qualquer manifestação, mas, mais que isso, eu provocava para ouvir o que as pessoas tinham a dizer.

Santo Antônio – Como você enxergava as iniciativas empresariais e artísticas de sua localidade?

Azul – Sempre achei que as empresas e os artistas locais deveriam fazer um curso em outras cidades. As expressões da minha localidade eram muito fracas. Carecia de alguma coisa que eu nunca identifiquei.

Verde – Eu sentia que faltava alguma coisa, mas sempre prestigiei as coisas de minha localidade, de meu país. Sempre busquei fazer negócios e ser patrocinador dessas manifestações.
Santo Antônio – Como você enxerga alguém que tem um conhecimento a mais sobre o seu empreendimento?

Azul – Dessas pessoas, eu sempre passei longe. Afinal, são pessoas arrogantes, prepotentes, não sabem viver na humildade. Ora, todos nós somos iguais e a pessoa vem com a pompa de quere ensinar. Eu sempre achei que pessoas assim, são esnobes. Quando fala, parece que está ensinando!

Verde – Vejo nessas pessoas um caminho a ser observado. Sempre que podia, buscava ouvir todo tipo de conhecimento, sempre admirei e respeitei a inteligência. E esse tipo de gente não está ai para agradar, mas somente para dizer o que precisa dizer. Acho ótimo.

Santo Antônio – Quando um empreendimento era fundado, mas não conseguia sobreviver, o que você via nesse contexto?

Azul – Certamente que esse empreendedor não teve a capacidade de erguer o seu empreendimento. Se a empresa fechou é porque não fez um planejamento ou não executou bem.

Verde – Também penso assim. Às vezes é falta de preparo e de planejamento. Ou seja, o empreendedor não soube fazer. Mas, também, considero que o meio em que ele vive, pode ser completamente hostil e impiedoso.

Então Santo Antônio levantou-se e disse: já tenho o escolhido. Como vocês sabem, estamos procurando o melhor para nossos alunos no Céu. E, pelo que pudemos ver, temos aqui dois tipos de empreendedores. Um proativo e outro reativo, um avançado e outro conservador, um inteligente e outro acomodado, um resolvido e outro com complexo de inferioridade, um amoroso e outro rancoroso.

Mas, na verdade, essas características se aplicam a todas as pessoas nas suas relações interpessoais. Portanto, não ficam restritas ao empreendedor. Devemos lembrar que o empreendedor sai de sua sociedade e ela só se modificará se a maioria optar pela mudança.

Portanto, anjos assessores providenciem o traslado da alma verde para o Céu!

Então a alma azul retrucou: mas como? Eu sou tão bom quanto ele, poderíamos ir os dois!

E Santo Antônio respondeu: Querida alma azul, para entrar no Reino do Céu precisa estar vestido com as veste de núpcias.

Mais uma vez a alma azul ponderou: Mas eu estou vestido com esse traje azul...

Santo Antônio paciente disse: Alma azul, você terá que voltar para o purgatório, pois as vestes a que me refiro são vestidas de dentro para fora com o esforço de cada um. E é impossível encobrir o que se veste por dentro. Volte para o choro e o ranger de dentes até você vestir as vestes de núpcias.

Mhauro Garcia

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