CURSO FORMAÇÃO DE PREÇO

9/22/2016

O destino do insensato






Todo insensato pensa ser inteligente por acreditar que sua capacidade de adaptar-se à imposição de uma ideia é uma condição alcançada somente por aqueles que entenderam a fórmula da sobrevivência.

Normalmente o insensato vive de opinião e, por isso, não fundamenta suas escolhas. Mais do que isso, o insensato prefere não se aprofundar em seu conhecimento. Afinal, conhecimento é uma barreira para à plasticidade da insensatez, pois o conhecer exige uma postura contrária aos seus interesses.

O insensato quando atua comete a insensatez. E esta é filha da teimosia no erro e neta do proveito próprio, da vileza. Portanto, na sua genética, o insensato contém o gene da burrice e da canalhice.

O insensato não suporta ouvir em humildade, coerência e bom senso. De fato, essas três virtudes são um antídoto para sua fórmula pragmática de conviver. No entanto, como o seu pragmatismo é irreflexivo, é, portanto, inconsequente.

Mas o insensato devaneia em suas justificativas superficiais como reverência à sua cupidez. Sua prioridade é a satisfação do momento, independente dos resultados. Afinal, sobre os resultados, ele vai se adaptando de acordo com seus interesses, pois ele possui a insensatez como recurso de sobrevivência.

O insensato é capaz de sufocar até à morte qualquer apelo da ponderação. O insensato se insurge como defensor dos direitos individuais, principalmente dos direitos dele mesmo.

Por mais que o insensato pareça solidário com alguém ou alguma coisa, ele sempre vai apoiar causas que atendam aos seus interesses imediatos. Como é incapaz de projetar as consequências, é capaz de usar as pessoas para conseguir se firmar em suas posições. O insensato nunca enxergará a macro relação das coisas e das pessoas. Por isso, nunca perceberá a influência de sua ação como reforço para a realização de problemas.

Contudo, o insensato desconhece, por ser o que é, que a insensatez tem outro parente bem próximo cujo gene também está na insensatez. A traição.  Isso mesmo! Por viver na superfície dos seus interesses, ele nem percebe que a traição é inerente à insensatez.

Isso que dizer que o insensato é o seu próprio algoz, pois será traído por suas escolhas. As consequências chegam, mas como o insensato não se importa, ela se acumula até a implosão de sua lógica. Ou seja, a prisão do insensato em seu círculo vicioso, o qual lhe obriga a cometer mais e mais insensatez.

É um infeliz desgraçado que corrompe o desenvolvimento das coisas e das causas, tendo um único destino: o insensato será traído pela própria insensatez!

©Mhauro Garcia

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