
Para falar um pouco sobre a venda no balcão, normalmente, as lojas já têm um perfil de clientes que costuma consumir determinado produto, mais ou menos, da mesma forma.
Por exemplo, se é uma loja que vende roupas de marca, as pessoas que entram naquele estabelecimento, também vão às compras vestindo roupas do mesmo calibre.
Contudo, existe um equívoco do vendedor quando tenta avaliar o cliente seguido essa lógica.
Tendo em vista que muitas pessoas estão mesclando a vestimenta usando roupas de marca com outras “sem” marca, avaliar por esse critério, tornou-se um tanto perigoso. Isso, porque a tendência dos vendedores é avaliar o poder de compra do cliente a partir de sua aparência incluindo as roupas.
Sei que os tempos são outros e que um exemplo antigo não deveria servir para o que se exige no mercado de hoje. Contudo, esse exemplo é adequadíssimo, muito embora eu tenha sabido dessa situação quando ainda era criança.
O acontecido se deu na concessionária de caminhão. Havia dois vendedores conversando e chegou um senhor um tanto idoso pedindo informações sobre um caminhão da Ford.
O vendedor pouco lhe deu atenção e quase que não olhou para o senhor que trajava uma calça velha, uma camisa suada e sandálias de couro portanto um saco de pano. O senhor entendeu que o assunto era importante e ficou circulando e apreciando o caminhão.
Passado um tempo, resolveu perguntar novamente ao vendedor sobre o caminhão, inclusive o preço. O vendedor impaciente foi logo dizendo que o caminhão era muito caro. E deu as costas ao senhor novamente. Foi quando o senhor insistiu e recebeu uma resposta abusada do vendedor: “meu senhor isso aqui não é para o senhor não”. Ao mesmo tempo em que pedia que ele parasse de perturbar.
Como o senhor insistiu em saber sobre o caminhão, o vendedor começou a falar mais alto já ofendendo o humilde senhor. De repente surgiu um outro vendedor intervindo na situação e pedindo para que ele cuidasse daquilo.
Pois não, meu senhor, o que deseja? E o senhorzinho fez todas as perguntas e recebeu todas as respostas. Inclusive o preço do caminhão.
Então o humilde senhor olhou para o vendedor, fez-se um silêncio marcante por alguns instantes. De repente o senhorzinho olhou para o caminhão, entregou o saco de pano ao vendedor e disse determinado: vou levar três!
O saco estava cheio de dinheiro e tratava-se de um fazendeiro próspero que preferiu manter a sua simplicidade.
A reação dos vendedores dá para você imaginar...
Portanto, o vendedor que se prende à aparência do cliente, é, no mínimo, alguém que costuma julgar os outros a partir de parâmetros inadequados. Mesmo porque, o investimento no atendimento ao cliente deve ser permanente e igual para todos.
Considerando, ainda, que esse tratamento é a porta de entrada para a realização de negócios. Dessa forma, não julgue, não avalie, não subestime o comprador. Apenas acredite na venda.
Como consumidora já passei por esse tipo de preconceito, é uma pena que nos dias de hj ainda m passamos por esse tipo de situação, como profissional procuro educar minha equipe para que não cometa esse tipo de falha,cliente é cliente independente da aparência ou poder de compra.
ResponderExcluir