Motivação pessoal

Tomando como base uma situação que tive oportunidade de ser um expectador, de repente, percebi que, na vida, todas as motivações, têm sua origem na preservação do Ser. Quer dizer, tudo que fazemos ou deixamos de fazer está calcado na compreensão do que é melhor para melhor viver. Claro, nem sempre se acerta, mas o motivo é encontrar a melhor forma, o melhor meio de viver.

Como ninguém vive sozinho, isolado do restante do mundo, tudo diz respeito a estar interagindo na vida e de que forma a pessoa se apresenta nela. E essa interação se realiza por dois caminhos: um se refere ao que você pensa representar para os outros e o segundo é o que você pensa representar para você mesmo.

E essas duas direções irão acompanhar o sujeito cada vez mais na medida em que toma consciência de si num contexto de grupo. Então surge, para a maioria das pessoas, a necessidade de ser aceito e querido. Esse é o ponto crucial da motivação. Ser aceito e querido. Na verdade, quem gosta de se sentir rejeitado e excluído? Ninguém!

Mas se você duvida disso, experimente imaginar sendo esquecido pelo seu grupo...

Acontece que essa busca de ser aceito e querido pelos outros, nem sempre atinge o sucesso. Isso porque as imposições silenciosas do grupo social, independente de serem conscientes ou inconscientes, são tão fortes, que, na maioria dos casos, ocorre uma anulação voluntária da vontade do sujeito em favor do que seria a porta de entrada para o grupo.

Então o conflito se estabelece. Será que para ser aceito a pessoa tem que camuflar os seus porquês ou aceitar os porquês dos outros? Talvez não! Desde que esse sujeito tenha princípios firmes e bem fundamentados. Talvez, num momento crucial, o que valha é a sabedoria de utilizar os meios para conquistas de simpatias alheias. Tornar-se abnegado de si mesmo para ter a sensação de missão cumprida independente do resultado. No mínimo, esse alento...

Essa imagem que o sujeito tem, admitindo aqueles dois caminhos, torna-se o produto dessa necessidade de ser aceito e querido. Mas a consciência da sua atuação interpessoal é que lhe possibilita filtrar essas demandas agindo com equilíbrio. Então, todo o medo, o receio de ser rejeitado e excluído cede lugar à capacidade de discernimento sobre o que é melhor para melhor viver.

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